É certo que já vivemos um período amplamente digital, onde empresas, comércios, organizações não governamentais e sobretudo a sociedade já vivem uma nova era na comunicação. No Brasil, segundo dados do mercado digital, já temos mais celulares do que pessoas, e as pessoas estão cada vez mais engajadas. E esse cenário atrai também o marketing pessoal.
As redes sociais possuem ferramentas para ajudar na estratégia de uma comunicação direta, simples e objetiva com o cidadão, e é através das redes que é possível fortalecer as ideias propostas de um candidato, por exemplo.
Posicionamento de Brand, liderança e gerenciamento nas redes sociais são tendências não apenas no ramo privado, mas sobretudo em órgãos e pessoas públicas. Mas existem gatilhos para isso. Como assim? Se por um lado determinado político busca aproveitar essa onda digital para baratear sua campanha, melhorar sua imagem, posicionar sua ideologia e gerenciar dados; por outro, existe o combate constante contra fake news, o que resulta em demandas para gerenciar crises.
No entanto, penso que independente da tendência – irreversível – ao digital, e dos gatilhos positivos ou negativos; o que mais tem atraído comentários nos corredores do Congresso Nacional é o fato de o marketing ser uma excelente ferramenta de participação popular e prestação de contas; e que, o momento é agora (2019) para expor suas ideias e fidelização de seu público nas redes sociais.
Costumo dizer sempre que não existe democracia sem informação, e que não há informação sem transparência.
Segundo a Congresso em Foco (veículo jornalístico que faz uma cobertura apartidária do Congresso Nacional), para que as redes cumpram um papel positivo, é preciso amadurecer uma postura coletiva de compromisso com a verdade, com a ética e contra a intolerância. As redes podem se tornar um campo de guerra selvagem e burra, ou uma ferramenta preciosa de exercício da liberdade e da cidadania.
Diante disso, imagine um mandato informativo, transparente, atrelado a interação, prestação de contas e participação popular usando ferramentas para o marketing pessoal? Incentivo a liberdade de expressão, informação, debates e até mesmo educação; são grandes pilares de desenvolvimento da própria democracia.
Os cidadão/eleitores estão cada vez mais atentos ao mandato do eleito, que naturalmente, devem cuidar de sua marca (brand), e assim construir um processo de relacionamento planejado e ativo.
Isso nada mais é do que um marketing pessoal para o pessoal (o cidadão).
Murilo Carvalho